Um Blog onde a música é tudo. Entrevistas, lançamentos, novos instrumentos, movimentos, tudo que fale da música tem neste blog seu espaço.
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Músico que faz músicas no palco se apresenta dia 26 na Livaria Cultura de Salvador
O músico, poeta e jornalista Anand Rao que tem 20 livros publicados, mais de 50 cds lançados, estará fazendo show com entrada franca no dia 26 de janeiro (quinta-feira) às 19 h em ponto no teatro da Livraria Cultura de Salvador no Salvador Shopping na Avenida Tancredo Neves 2915.
Quem é Anand Rao e qual é o seu trabalho?
Anand Rao começou a compor e se apresentar em 1979. Publicou 20 livros e lançou 50 cds de forma independente. No início ele compunha como todos, em casa, harmonizava e criava melodias para letras, ou então, criava a letra e a melodia e depois de decorar a composição apresentava as mesmas. Fez vários shows assim nos circuitos universitários, Sala Funarte e por aí vai.
Foi também músico profissional da noite onde tocou MPB por quase 10 anos. Vendo que este trabalho não o satisfazia, procurou um diferencial e descobriu o seu potencial para fazer músicas na hora com vários ritmos e acordes que não poderia ser caracterizada como repente ou rap e ele costuma definir suas composições atuais participes do gênero MPBJazz.
Nos últimos 10 anos vem fazendo shows pelo Brasil todo, compondo músicas no palco, mas, ao fazer a letra e a música viu que não conseguia encher os espaços por onde tocava pois, era um solitário compondo sobre temas que sua cabeça emanava e mutas vezes o público desconfiava da composição feita na hora. Passou então a pedir temas para os presentes no show ou conversar sobre suas vidas e fazia composições personalizadas na hora. Insatisfeito ainda começou a levar poetas para o palco, onde sem nunca ter lido os poemas dos mesmos, musica-os na frente de todos. Pede apenas que tenha no máximo 10 versos. E ainda resolveu musicar tudo, falas, recados e etc, se tornando um show interativo e divertido. Por show gosta de fazer dez composições e os poemas, recados, letras, falas que ficam sem musicar, são musicados quando ele retorna ao seu estúdio.
Acredita que a energia do espaço, dos presentes, em comunhão com a sua música, com o dom que possue, gera a composição. Muitos espíritas, centros espíritas, já tentaram descobrir seu processo de composição mas, ele diz que tudo é energético e mágico.
Agora notou que muitas vezes as composições eram aplaudidíssimas e se perdiam no tempo e no espaço. Então investiu em uma mesa Yamaha, um gravador digital Edirol e começou a gravar ao vivo todos os seus shows, isso de dois anos para cá, aí já lançou mais de 50 CDs. Investiu também em pedais de looping, violão sintetizado Godin onde pode acrescentar elemenos à música.
O processo dos CDs Digitais Independentes
Ao gravar os CDs, anotava com a própria mão o título do CD ao centro e imprimia a capa numa impressora a jato de tinta. Decidiu melhorar a qualidade do CD e ao fazer cópias do mesmo, imprimi a capa em impressora digital e envia a matriz para serem feitas as cópias em cd “printable” onde chega a se parecer com um CD gravado por uma gravadora profissional.
A tiragem é feita da seguinte forma. O poeta ganha um CD com seus poemas, ou seu poema, musicado, ou a pessoa que estão assistindo com o que foi a ele dedicado. Se desejar mais para repassar aos amigos, paga o custo da impressão da capa e do cd e uma pequena margem de lucro pelo processo de composição de Anand Rao e revende, ou dá, o mesmo para os amigos. Tudo é enviado depois via correio.
O processo de divulgação dos shows
Além de músico, Anand Rao é poeta e jornalista. Ele envia os releases com foto para as redações de jornais e liga para os editores de cultura solicitando a capa do caderno pelo diferencial do seu trabalho. Já conseguiu ser capa no Jornal do Brasil e Folha da Tarde mas, como conseguiu ser capa?
Ao conversar com o jornalista ele pega os dados do diálogo e logo depois faz uma música em seu estúdio enviando no máximo em meia hora e provando que faz composições na hora. Os jornalistas ficam extasiados com o trabalho e muitos fazem solicitações novas ao músico lhe dando a capa pela autenticidade e diferencial do trabalho.
No caso de televisão e rádio costuma compor na hora tudo ao vivo se chegar com antecedência. Por uma questão de custo, quando o show é em outros estados, chega no dia do show o que dificulta este trabalho. Mas, mesmo assim tenta pautar entrevista nos canais e programas mais vistos da televisão e rádio passando o dia em processo de composição. No caso de rádio ele também pode enviar uma composição via e-mail para ser divulgada pela mesma, citando a rádios e coisas que personalizem a composição.
Também solicita dos veículos que enviem um repórter para que possam fazer uma matéria pós show.
O público
Como não é de nenhuma gravadora oficial e se auto-produz como auto-divulga e não saiu em grandes emissoras de TV, não tendo um corpo de produção, sendo independente totalmente, solicita que os poetas que serão musicados convidem cada um 10 pessoas e “ora” para que a mídia, o seu facebook (hoje com 5.000 pessoas o primeiro perfil), seus blogs, enfim, “ora” para que o teatro lote mas, se não lotar ele sabe que seu trabalho assusta, é diferente, e tudo que é diferente é mais difícil de ser aceito.
Para o show em Salvador entrou em contato com a UBE (União Brasileira de Escritores da Bahia) e o Presidente, jornalista e escritor, Carlos Souza ficou de recrutar os poetas como também, ajudar na divulgação.
Pela Internet
Também faz composições mediante solicitação pela internet. Costuma dizer que o dia dos namorados o deixa atarefadíssimo. Enfim... Eis o e-maill onde você que não puder ir ao show pode solicitar sua composição: producaoanandrao@gmail.com e eis o blog onde você pode ver tudo que ele tem feito na atualidade pois, o blog tem menos de seis meses de vida http://anandraomusico.blogspot.com .
Fotos
Seguem anexas quarto fotos duas em alta resolução para jornais impressos e duas em baixa resolução para sites. Uma vertical e uma horizontal para facilitar a diagramação.
Contato
Nome – Anand Rao
E-mail – producaoanandrao@gmail.com
Telefone – 61-82027100 e 78136739
Rádio Nextel – 83*82506
domingo, 15 de janeiro de 2012
sábado, 14 de janeiro de 2012
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Arte e Cultura: Ministérios muito distintos - Artigo de Dora Galesso
Reforçada na contemporaneidade pelo universo cibernético e sua infinidade de compartilhamento das formas-expressões, a questão da autoria (e sua extensão à autoralidade[1]) e suas implicações, principalmente no que tange a economia, tem gerado inquietações em vários segmentos da manifestação artística, muitas vezes gerando obstáculos à divulgação/disseminação de obras importantes. Desde a valorização do autor e dos intérpretes à importância de fazer circular o produto artístico, surge a pergunta: a quem cabe arcar com tal custeio, afinal? E minha resposta não poderia ser outra: O Estado.
A total responsabilidade do Estado por essa questão não só retiraria das costas dos intérpretes essa carga absurda, como também valorizaria a produção artística (autores e intérpretes) em nível nacional e internacional. E a gratuidade para o público – que também faz a obra existir dando-lhe visibilidade. Sim, isso mesmo: arte de graça e investimento do Estado!
Em nossas políticas públicas a “arte” – no sentido das belas artes - foi absorvida e classificada prática e conceitualmente em uma categoria mais ampla, ou seja: “cultura”. A pasta das artes também foi institucionalmente estabelecida em um edifício do MEC (Ministério da Educação e Cultura) que, por sua vez, abarcara também o esporte[2]. Posteriormente, o fato de tanto a educação quanto o esporte precisarem de um espaço próprio fez com que a cada um deles fosse destinada uma sede ministerial própria, independente. E, ainda que fisicamente separados do prédio da cultura, jamais deixaram de ser indicadores importantíssimos e parte fundamental da cultura desse país.
Ora, assim sendo, a mesma argumentação que logrou um espaço de autonomia a cada um daqueles setores serviria também para as artes e seu conjunto de distintas linguagens e elementos de articulação estética. O que, com muita justiça e vital necessidade, resultaria no Ministério das Artes, com suas secretarias e representações dos diversos momentos da expressão artística, garantindo uma forma mais equânime de destinar verbas às atividades artísticas.
É importante retomar o conceito de “cultura” como algo voltado para o modo de vida de um núcleo social e suas manifestações que reúnem práticas de diversas naturezas e que compreendem outras áreas de atuação e forma de produção identitária e econômica – como, por exemplo, a cultura rural, dos quilombolas, indígena, negra, etc. E a gestão de um Ministério da Cultura assim iria compreender as articulações entre os demais ministérios de forma a não reduzir especificidades e áreas de concentração a um âmbito exclusivamente seu. Isto sim seria respeitar e preservar a natureza intra e multiconceitual dos diversos setores de produção e expressão da cultura de uma sociedade, posto que, a exemplo dos nomes dos outros ministérios: trabalho é cultura, exército é cultura, planejamento é cultura, saúde é cultura e assim por diante, até chegarmos à obvia constatação de que artes é cultura. Então, o papel deste - novo e outro - “Ministério da Cultura” estaria bem próximo do sentido de gestão e empreendedorismo, articulando os setores produtivos de diversas áreas da sociedade. E não incorrendo mais no absurdo de destinar, por exemplo, verbas que seriam para a produção de obras artísticas à realização de festas populares de cunho religioso e outras. Exemplo este que consome por volta de 87% da receita destinada às artes.
E, no âmbito do então Ministério das Artes, haveria como o estado controlar e gerenciar eficazmente o seu capital artístico de modo a manter sua economia patrimonial em movimento e ativa[3]. Isso incluiria não só dispositivos de remuneração aos autores e intérpretes, bolsas e investimento na formação de artistas no próprio país e no exterior, aperfeiçoamento de profissionais, gratuidade dos espetáculos e produtos, mas, principalmente, o direito à circulação do produto artístico com capacidade de formar e informar o público. Para tal, o estado já tendo arcado com o direito de uso da obra, estaria desfrutando - na figura de seus profissionais: artistas por ele qualificados e credenciados - da geração de mais recursos que promoveriam a sustentabilidade de uma vida artística que elevaria a cultura e a qualidade de formação de seus indivíduos por meio de uma política pública ampla, de responsabilidade, democracia e participação.
Assim, eu volto à colocação inicial deste artigo onde, no tocante à lei e aos procedimentos que envolvem a autoria, sigo afirmando que o estado deveria pagar pelo uso da autoria e não aqueles que contribuem para que a obra seja divulgada, porque se uma obra constrói a identidade cultural de um país, a sua manutenção - através de execuções e roupagens novas - é fundamental para que essa identidade se mantenha e deve ser responsabilidade deste mesmo país cuidar do seu patrimônio artístico, valorizando-o e estimulando o seu crescimento. E não multando - ou punindo com preços altíssimos - aqueles que tentam manter essa memória ativa.
[1] O termo “autoralidade” volta-se à capacidade de co-autorar uma obra, ou seja, valer-se do que já existe como criação e acrescentar-lhe sentidos de forma a apropriar-se do bem intelectual. N.A.
[2] A esplanada dos ministérios é um bom exemplo para que possamos visualizar a importância de alguns setores que organizam e mantém a sociedade. A estrutura viva e atuante destes organismos pode ser contemplada em Brasília, numa sistematização que já faz parte da paisagem. N.A.
[3] E sem ter de devolver milhões ao tesouro por conta do mau uso do orçamento, como fez o MINC nos anos anteriores. N.A.
Dora Galesso é formada em composição e regência pela Universidade de Brasília, pós graduada pelo Departamento de Música da mesma instituição, arranjadora e pianista, estando á frente da Orquestra de Senhoritas por 21 anos.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
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